O fim do ano costuma ser sinônimo de planejamento, fechamento de ciclos e um ritmo mais lento dentro das empresas. Férias coletivas, equipes reduzidas, menos pessoas acompanhando sistemas e uma atenção maior voltada para resultados financeiros criam o cenário perfeito para algo que raramente entra no planejamento estratégico: o aumento expressivo de golpes digitais contra empresas.
Enquanto organizações desaceleram, cibercriminosos fazem exatamente o oposto. Dezembro é um dos meses mais explorados por golpistas, justamente porque combina três fatores críticos: alto volume de transações financeiras, maior distração operacional e decisões tomadas com pressa. O resultado são ataques silenciosos, muitas vezes percebidos apenas quando o prejuízo já aconteceu.
Neste artigo, a Immunity Intelligence reúne os golpes de final de ano mais comuns contra empresas, explica como eles funcionam na prática e, principalmente, mostra por que a prevenção precisa ir além da conscientização básica.
Por que os golpes aumentam no fim do ano?
Não é coincidência. Golpistas se aproveitam de padrões previsíveis do mercado corporativo. Em dezembro, é comum observar:
- Pagamentos de 13º salário, bônus e comissões
- Aumento no volume de compras, contratos e fornecedores
- Processos financeiros sendo feitos em regime de urgência
- Colaboradores substituindo colegas em férias
- Menor monitoramento de sistemas e alertas de segurança
Esse contexto reduz a checagem cuidadosa de informações e abre espaço para ataques baseados em engenharia social, técnica que explora emoções como urgência, medo e oportunidade. Diferente de ataques puramente técnicos, esses golpes não dependem de falhas no sistema, mas de falhas humanas, algo muito mais difícil de controlar sem processos e tecnologia adequados.
Golpe do Pix falso e cobranças indevidas: quando o financeiro vira o alvo
Um dos golpes mais frequentes no fim do ano envolve transferências Pix falsas, cobranças inexistentes ou solicitações urgentes de pagamento. No ambiente corporativo, esse ataque costuma chegar por e-mail, SMS ou até WhatsApp, se passando por fornecedores, parceiros ou até colaboradores internos.
A mensagem geralmente informa um pagamento pendente, uma taxa de liberação, ajuste fiscal ou atualização cadastral. O tom é sempre o mesmo: urgência. O valor, muitas vezes, não é alto, o que reduz a resistência de quem autoriza o pagamento. Em segundos, o dinheiro é transferido para contas de terceiros e dificilmente recuperado.
Em empresas que não possuem fluxos rígidos de validação financeira ou monitoramento de transações suspeitas, esse tipo de golpe passa despercebido até o fechamento do mês.
Golpe da falsa entrega e da logística corporativa
Com o aumento de compras, contratos e envios no fim do ano, golpistas exploram outro ponto sensível: a logística. Mensagens informando problemas em entregas, taxas adicionais ou necessidade de atualização cadastral se tornaram extremamente comuns.
O diferencial desses golpes é o nível de personalização. Muitas mensagens já chegam com nome da empresa, CNPJ, endereço e até nome de responsáveis, o que gera uma falsa sensação de legitimidade. Ao clicar no link ou escanear um QR Code, o colaborador é direcionado a páginas falsas que solicitam pagamento via Pix ou dados de acesso.
Esse tipo de ataque não afeta apenas o financeiro, mas pode abrir portas para roubo de credenciais e acesso indevido a sistemas internos.
Golpe do CPF, CNPJ ou regularização fiscal falsa
Outro golpe recorrente no fim do ano envolve mensagens que simulam comunicações oficiais de órgãos públicos, como Receita Federal, Banco Central ou entidades reguladoras. Nesse contexto, especialmente no ambiente empresarial, o foco costuma ser o CNPJ, alvarás, certificados digitais ou supostas pendências fiscais.
Além disso, os sites fraudulentos estão cada vez mais sofisticados, muitas vezes visualmente idênticos aos portais oficiais. Em alguns casos, inclusive, chegam a exibir chats falsos de atendimento e dados reais da empresa, obtidos em vazamentos anteriores. Dessa forma, a promessa parece simples e convincente: regularizar rapidamente a situação mediante o pagamento de uma taxa.
Além da perda financeira, esse golpe frequentemente resulta em vazamento de dados sensíveis da empresa, que podem ser usados em ataques futuros ainda mais graves.
Golpe das milhas, benefícios corporativos e programas de fidelidade
Empresas que acumulam milhas, pontos ou benefícios corporativos para viagens de executivos também entram no radar dos golpistas no fim do ano. Nesse cenário, mensagens alertando sobre pontos prestes a expirar ou sobre a necessidade de atualização cadastral levam colaboradores, muitas vezes sem perceber, a acessarem páginas falsas de programas de fidelidade.
A partir daí, ao inserir suas credenciais, os criminosos assumem o controle da conta e, consequentemente, passam a emitir passagens ou transferir benefícios de forma indevida. Como resultado, muitas empresas só percebem o problema quando tentam utilizar esses recursos no início do ano seguinte.
Golpe do falso upgrade bancário e engenharia social direcionada a gestores
Diretores, gestores financeiros e decisores, por sua vez, são alvos preferenciais de golpes mais sofisticados. Nesses casos, mensagens oferecendo upgrade de conta, novos benefícios bancários ou condições exclusivas utilizam nomes de instituições conhecidas e uma linguagem corporativa refinada para gerar credibilidade.
O objetivo, portanto, é capturar dados bancários ou credenciais de acesso. A partir dessas informações, em alguns casos, os golpistas conseguem realizar fraudes posteriores de maior impacto, como desvio de valores, alteração de dados cadastrais ou, em situações mais graves, até a preparação para ataques de ransomware.
Por que só conscientizar não é suficiente?
Apesar de campanhas educativas serem importantes, a realidade é que empresas não podem depender apenas da atenção humana. Golpes evoluíram, utilizam inteligência artificial, dados reais vazados e estratégias cada vez mais convincentes.
Quando uma empresa não possui visibilidade sobre o que está acontecendo em seus sistemas, redes e endpoints, ela só descobre um ataque quando o dano já está feito. No fim do ano, esse risco é ainda maior.
É por isso que a cibersegurança precisa ser tratada como processo contínuo, não como ação pontual.
Como reduzir riscos de golpes digitais no fim do ano
Empresas que conseguem atravessar esse período com mais segurança costumam adotar algumas práticas fundamentais:
- Monitoramento ativo de ambientes digitais
- Análise constante de tentativas de acesso suspeitas
- Controle rigoroso de permissões e credenciais
- Validação técnica de e-mails, links e domínios
- Visibilidade em tempo real sobre possíveis ataques em andamento
Mais do que reagir, o foco precisa estar em identificar sinais de ataque antes que eles se transformem em prejuízo financeiro, paralisação operacional ou danos à reputação da marca.
Se sua empresa estivesse sendo atacada agora, você saberia?
Muitos golpes não deixam rastros imediatos. Enquanto mensagens falsas circulam, credenciais são testadas, acessos indevidos acontecem e dados podem estar sendo explorados sem que ninguém perceba.
Pensando nisso, a Immunity disponibiliza uma avaliação que identifica se sua empresa está sendo atacada neste momento, analisando sinais de exposição, tentativas de invasão e riscos ativos no ambiente digital.
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