A Black Friday é o maior evento do varejo e, ao mesmo tempo, um dos períodos mais críticos para a segurança digital. Enquanto consumidores buscam ofertas irresistíveis, cibercriminosos aproveitam o aumento do tráfego e o senso de urgência para aplicar golpes e explorar vulnerabilidades em sistemas corporativos.
Para empresas do varejo, especialmente aquelas que operam no e-commerce, garantir a continuidade operacional e a confiança do cliente é tão importante quanto oferecer descontos competitivos. Afinal, uma falha de segurança pode transformar o dia mais lucrativo do ano em um prejuízo milionário.
Neste artigo, reunimos as principais práticas de cibersegurança para o varejo durante a Black Friday, com ações concretas que reduzem riscos, fortalecem a proteção e mantêm a operação segura.
Por que a Black Friday é um alvo tão atrativo para ciberataques?
O crescimento das vendas online trouxe uma nova realidade: quanto maior o volume de transações, maior a superfície de ataque. Durante a Black Friday, é comum que o varejo concentre esforços em performance e disponibilidade, deixando a segurança em segundo plano — o cenário ideal para os cibercriminosos.
De acordo com pesquisas na área da cibersegurança, o Brasil é um dos países mais atacados da América Latina, com milhões de tentativas de phishing e golpes digitais detectadas mensalmente. Nesse contexto, ataques como ransomware, DDoS, exploração de APIs e fraudes em gateways de pagamento se tornam extremamente comuns.
Os atacantes sabem que, em períodos de alta demanda, as empresas têm menos tempo para reagir. Por isso, a prevenção e o monitoramento contínuo são as principais formas de defesa do varejo digital.
Principais ameaças à segurança do varejo durante a Black Friday
Antes de pensar em medidas de proteção, é essencial compreender os riscos mais frequentes nessa época:
1. Phishing e Engenharia Social
Durante a Black Friday, o volume de comunicações digitais aumenta e, consequentemente, crescem também as tentativas de fraude. Nessa época, cibercriminosos aproveitam o momento de alta demanda e principalmente o senso de urgência nas compras para aplicar golpes de phishing.
Eles enviam e-mails, SMS e mensagens em redes sociais com links falsos, simulando promoções imperdíveis ou páginas idênticas às de grandes varejistas, com o objetivo de capturar dados sensíveis e credenciais de acesso. A engenharia social se torna ainda mais perigosa quando é direcionada a equipes internas, como times de atendimento e financeiro, abrindo brechas para invasões mais profundas.
2. Ataques DDoS
Em períodos de pico como a Black Friday, a disponibilidade dos sistemas é essencial. Nesse contexto, um ataque Distributed Denial of Service (DDoS) ocorre quando milhares de acessos simultâneos e coordenados sobrecarregam um servidor até que ele fique indisponível.
As consequências, entretanto, vão muito além da instabilidade técnica: cada minuto fora do ar representa queda de faturamento, perda de reputação e desconfiança dos clientes. Além disso, cibercriminosos — e até mesmo concorrentes desleais — podem usar essa tática para explorar a fragilidade de empresas que não possuem infraestrutura de mitigação ou monitoramento ativo.
3. Fraudes em gateways de pagamento
Os sistemas de pagamento online são alvos diretos durante grandes eventos de vendas. Quando as integrações com gateways ou plataformas de e-commerce não são devidamente protegidas, invasores podem explorar vulnerabilidades para interceptar transações, alterar destinos de pagamento ou coletar dados sensíveis de cartões e credenciais.
Além do prejuízo financeiro, o dano à credibilidade da marca pode ser irreversível. Implementar mecanismos de verificação, criptografia e autenticação de múltiplos fatores é fundamental para blindar o processo de checkout.
4. Ransomware e sequestro de dados
Durante a alta demanda da Black Friday, o foco das empresas costuma ser a operação e as vendas — porém, esse cenário acaba criando o ambiente perfeito para ataques de ransomware. Esse tipo de malware criptografa os dados da empresa e exige pagamento (geralmente em criptomoedas) para liberá-los.
Empresas que negligenciam backups, atualizações e monitoramento de endpoints se tornam alvos fáceis. Como resultado, um ataque desse tipo pode paralisar toda a operação, comprometendo desde o estoque até o atendimento ao cliente. Em um período de alto volume de transações como a Black Friday, os prejuízos não apenas aumentam, mas também podem gerar impactos duradouros na confiança dos consumidores.
5. Comprometimento da cadeia de fornecedores
Nem sempre o ataque ocorre diretamente na sua empresa. Muitas vezes, o ponto fraco está em parceiros terceirizados, como plataformas de ERP, APIs, sistemas logísticos ou gateways externos.
Uma simples vulnerabilidade em um fornecedor pode abrir acesso aos dados e sistemas da sua operação, criando um efeito dominó difícil de conter. Por isso, a segurança deve ser tratada de forma sistêmica, envolvendo toda a cadeia de suprimentos e exigindo padrões mínimos de proteção de cada parceiro envolvido no processo.
Práticas de cibersegurança essenciais para o varejo na Black Friday
Agora que entendemos melhor o cenário de riscos, chegou o momento de colocar a prevenção em prática. A seguir, estão as medidas mais importantes para preparar seu negócio para a Black Friday, garantindo segurança, continuidade e confiança em cada transação:
1. Reforce os protocolos de autenticação
Implemente autenticação multifator (MFA) para acesso a sistemas internos, plataformas de e-commerce e gateways de pagamento. Isso dificulta o acesso não autorizado, mesmo que credenciais sejam comprometidas. Combine senhas fortes com tokens, biometria ou autenticação.
2. Mantenha sistemas e softwares atualizados
Atualizações e patches de segurança corrigem vulnerabilidades conhecidas que podem ser exploradas por cibercriminosos. Por isso, é fundamental manter todos os sistemas devidamente atualizados. Antes do pico de vendas, revise servidores, plugins, sistemas de ERP e plataformas de e-commerce para garantir que todos os componentes estejam protegidos. Dessa forma, você reduz significativamente as brechas que poderiam ser usadas para comprometer a operação.
3. Monitore o tráfego de rede em tempo real
Ferramentas de monitoramento contínuo ajudam a detectar comportamentos anômalos — como picos de tráfego suspeitos, tentativas de acesso indevido ou padrões típicos de ataques DDoS. Um monitoramento ativo permite agir antes que o problema se torne uma ameaça real.
4. Treine sua equipe contra phishing e engenharia social
Durante campanhas promocionais, o volume de e-mails e mensagens aumenta significativamente — e, com isso, cresce também o risco de exposição a golpes. Por esse motivo, é fundamental investir em treinamentos que ensinem os colaboradores a identificar comunicações falsas, links suspeitos e solicitações indevidas.
Em outras palavras, quanto mais consciente for a equipe, menor será a chance de um ataque bem-sucedido.
5. Faça backups regulares e seguros
Um plano de backup bem estruturado é essencial para recuperar dados em caso de incidentes como ransomware ou falhas críticas. Além disso, é importante armazenar cópias em ambientes isolados, criptografados e testados periodicamente para garantir a integridade das informações e a continuidade do negócio.
6. Proteja gateways e integrações de pagamento
Audite todas as integrações com provedores de pagamento, APIs e plataformas de checkout. Utilize criptografia avançada e certificados SSL atualizados. Além disso, implemente camadas de verificação de transações suspeitas e alertas automáticos para fraudes.
7. Fortaleça a segurança da cadeia de fornecedores
A segurança não é apenas interna, ela depende também da solidez de todo o ecossistema que cerca o seu negócio. Por isso, analise a postura cibernética de fornecedores, transportadoras, ERPs e parceiros que acessam seus sistemas. Afinal, uma única vulnerabilidade externa pode comprometer toda a operação. Exija conformidade com boas práticas e políticas mínimas de segurança da informação.
8. Estabeleça um plano de resposta a incidentes
Mesmo com todas as precauções, incidentes podem acontecer — e é exatamente por isso que ter um plano estruturado faz toda a diferença. Para isso, crie um documento formalizado com papéis bem definidos, procedimentos de contenção e canais de comunicação claros. Com essa preparação, é possível minimizar o tempo de resposta e evitar decisões precipitadas em momentos críticos.
9. Realize testes de vulnerabilidade e pentests periódicos
Testes de invasão controlada (pentests) e varreduras de vulnerabilidade ajudam a identificar brechas antes que sejam exploradas. Simular ataques reais fornece uma visão prática sobre o nível de maturidade da segurança e permite corrigir falhas de forma preventiva.
10. Invista em cibersegurança terceirizada
Contar com um parceiro especializado em cibersegurança é uma das decisões mais estratégicas que uma empresa pode tomar, principalmente durante períodos críticos como a Black Friday. Afinal, empresas especializadas oferecem monitoramento contínuo, respostas imediatas a incidentes, análise de ameaças em tempo real e gestão proativa de vulnerabilidades, o que, consequentemente, reduz drasticamente o risco de ataques. Além da expertise técnica, a terceirização permite que o time interno foque no que realmente importa, sabendo que a segurança digital está sendo cuidada por profissionais que entendem do assunto.
Na Immunity Intelligence, atuamos como uma extensão do seu negócio, oferecendo soluções completas de segurança gerenciada, adequadas à realidade de cada operação. A Black Friday é uma oportunidade de crescimento — mas também um teste de maturidade digital. Empresas que se preparam não apenas vendem mais, mas garantem que cada venda ocorra em um ambiente seguro e estável.
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