O fim do ano costuma trazer uma sensação coletiva de desaceleração. Férias coletivas, equipes reduzidas, recesso administrativo e foco no planejamento do próximo ciclo fazem parte da rotina de muitas empresas nesse período. No entanto, enquanto boa parte das organizações pisa no freio, o cenário digital segue em ritmo acelerado e, para os cibercriminosos, essa é justamente a melhor época do ano.
Dezembro é historicamente um dos meses mais críticos em termos de segurança da informação. A combinação entre menor monitoramento, sistemas rodando no automático e aumento de tentativas de ataque cria o ambiente perfeito para incidentes que só são percebidos quando o dano já está feito. Vazamento de dados, sequestro de informações, paralisação de sistemas e prejuízos financeiros não costumam respeitar feriados.
Por isso, fechar o ano com um checklist de segurança bem executado não é apenas uma boa prática de TI mas também é uma decisão estratégica para garantir continuidade operacional, proteger dados sensíveis e começar o novo ano com tranquilidade.
A seguir, você confere um checklist completo, pensado para empresas de todos os portes, que ajuda a reduzir riscos digitais antes do recesso e fortalece a postura de segurança para o próximo ciclo.
Backup: confirme se ele realmente funciona (e não apenas “existe”)
O backup continua sendo a última linha de defesa em qualquer estratégia de segurança. Ainda assim, é comum encontrar empresas que acreditam estar protegidas apenas porque “o backup está configurado”, sem nunca ter testado uma restauração real.
Antes de fechar o ano, é essencial validar todo o processo. Isso inclui verificar se os backups estão sendo executados automaticamente, se os dados estão atualizados, se há histórico recente de execuções bem-sucedidas e, principalmente, se já foi realizado algum teste de recuperação. Backup que nunca foi testado é uma aposta — e apostas costumam dar errado quando mais se precisa.
Além disso, vale revisar se a empresa segue boas práticas como a regra 3-2-1: múltiplas cópias dos dados, armazenadas em mídias diferentes e com ao menos uma cópia fora do ambiente principal. Em cenários de ransomware, especialmente os de dupla extorsão, um backup confiável e isolado pode ser a diferença entre retomar a operação ou enfrentar semanas de paralisação.
Revisão de acessos e permissões: menos é mais quando o assunto é segurança
O final do ano é o momento ideal para revisar quem realmente precisa ter acesso aos sistemas da empresa. Contas antigas, usuários que não fazem mais parte da equipe, permissões excessivas e acessos administrativos sem justificativa são portas abertas para incidentes de segurança.
Uma gestão de acessos eficiente passa pelo princípio do menor privilégio: cada colaborador deve acessar apenas o que é necessário para sua função. Isso reduz drasticamente o impacto de um eventual comprometimento de conta e dificulta o movimento lateral de um invasor dentro do ambiente.
Também é importante revisar acessos de terceiros, prestadores de serviço e fornecedores, além de avaliar a aplicação de autenticação multifator (MFA) sempre que possível. Senhas, sozinhas, já não são suficientes para proteger ambientes corporativos.
Antivírus, firewall e proteção de endpoints: atualização não é opcional
Durante o fim do ano, ataques de phishing, malware e ransomware tendem a crescer. Criminosos exploram justamente a distração das equipes, campanhas sazonais e comunicações falsas que se passam por mensagens de fim de ano, notas fiscais, currículos ou avisos urgentes.
Por isso, é fundamental garantir que todas as máquinas estejam com o antivírus corporativo ativo, atualizado e com políticas de proteção corretamente aplicadas. O mesmo vale para firewalls, que devem estar configurados de forma adequada, com regras revisadas e alertas habilitados.
Ambientes com soluções desatualizadas ou mal configuradas continuam sendo uma das principais causas de incidentes graves, especialmente em pequenas e médias empresas.
Acessos remotos e VPNs: teste antes que precise usar
Mesmo durante o recesso, muitas empresas mantêm parte da operação ativa ou contam com equipes de plantão. Isso torna indispensável revisar os acessos remotos, VPNs e conexões externas aos sistemas internos.
Testar esses acessos antes do fim do ano evita surpresas desagradáveis quando alguém precisar entrar no ambiente às pressas. Além disso, acessos remotos mal configurados são alvos frequentes de ataques, principalmente quando não contam com autenticação forte ou monitoramento adequado.
Garantir que essas conexões estejam seguras é proteger não apenas a operação, mas toda a infraestrutura da empresa.
Atualizações e manutenções preventivas
Sistemas desatualizados continuam sendo uma das principais brechas exploradas por atacantes. Atualizações pendentes, correções críticas ignoradas e softwares obsoletos aumentam significativamente o risco de incidentes.
O período que antecede o recesso é ideal para aplicar patches, revisar versões de sistemas operacionais, atualizar aplicações críticas e realizar manutenções preventivas. Essa prática reduz falhas inesperadas, melhora o desempenho do ambiente e evita chamados emergenciais logo no início do próximo ano, quando tudo deveria estar funcionando normalmente.
Infraestrutura e ativos físicos também fazem parte da segurança
Segurança da informação não se resume apenas ao digital. Avaliar a infraestrutura física é parte importante do checklist de fim de ano. Equipamentos antigos, servidores sobrecarregados, falhas recorrentes em rede, nobreaks ineficientes e falta de espaço em armazenamento são problemas que se acumulam silenciosamente.
Mapeá-los agora facilita o planejamento de investimentos, upgrades e melhorias para o próximo ano, além de reduzir riscos de indisponibilidade em momentos críticos.
Documentação e plano de resposta a incidentes
Mesmo com todas as medidas preventivas, imprevistos podem acontecer. Por isso, ter processos documentados faz toda a diferença. Contatos de emergência, responsáveis por decisões críticas, procedimentos em caso de falha ou ataque e informações de acesso devem estar organizados e armazenados de forma segura.
Além disso, um Plano de Resposta a Incidentes (PRI) bem definido reduz drasticamente o impacto de um ataque. Saber quem acionar, como isolar sistemas afetados, como comunicar clientes e, quando necessário, órgãos reguladores, evita decisões precipitadas e prejuízos maiores.
Planejamento de TI e segurança para o próximo ano
O fim do ano não deve ser apenas um momento de prevenção, mas também de análise e planejamento. Revisar incidentes ocorridos, avaliar indicadores de TI, identificar vulnerabilidades recorrentes e definir prioridades estratégicas fortalece a maturidade digital da empresa.
Uma TI bem planejada deixa de ser um centro de custo e passa a atuar como um pilar de crescimento, inovação e segurança.
Por que esse checklist é tão importante?
Empresas que revisam sua segurança digital antes do recesso reduzem riscos operacionais, evitam ataques silenciosos, protegem dados estratégicos e retornam às atividades com mais estabilidade. Em um cenário onde ameaças estão cada vez mais sofisticadas — muitas delas impulsionadas por inteligência artificial — prevenção não é exagero, é necessidade.
Por isso, antes de fechar o ano, faça uma última verificação
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